Contradição
O que eu nunca senti
Às vezes, e agora sinto.
E o que eu sentia
Agora não sinto
Quando sinto alegria
Logo vem a tristeza
Quando penso
Que é só tristeza
Vem junto a angustia
Angustia, angustia
É o que eu sinto.
Mas, de quê ?
Logo me pergunto
Não tem causa
Logo não me desabafo.
Por que não me desabafo?
Porque não existe
O objeto do desabafo
Aparece a fúria, o ódio.
A emoção toma conta
Que contradição!
Não sei o que eu falo
Não sei o que eu penso
Só sei se penso errado
Não tem explicação
Às vezes digo sim
Ao mesmo tempo
Paro e digo não.
Mas logo vem
O talvez que gera
Toda a confusão !
Sozinho estou feliz.
Acompanhado?
Agora te digo não
Não, sim, não
O quê então?
Não sei o que falo
Não sei o que penso
Não sei o que sinto
Às vezes não sinto
Se penso que acabou
Logo começa de novo
Tristeza, angústia
Mágoa, amor.
Embaralhou tudo
Agora ? Acabou.
A morte de um poeta
Ó que tristeza é
A morte de um poeta.
Quando se parte
Para o seio da terra
Dormindo este
Na solidão e calado
Está o seu coração.
Que se desfaz como
Uma serração e na neblina
Só resta saudade
E tristeza no coração
Aguardando a ressurreição
Os bravos nunca morrem
Diz um certo ditado
Todos de ti se lembrarão
Meu caro poeta animado
Obrigado por suas loucuras
Seus ensinos, rimas e conselhos.
Que a todos enfrentou sem medo
Para lutar pelos seus direitos
Parabéns, poeta.
Descanse na sua tumba
Obrigado pelos seus
Pensamentos que despertou a
Todos para os bons momentos.
Sentado a beira do caminho
Olho e vejo a vida passar
Não sei se o
Amanhã chegará
Ou se o passado
Vai voltar.
Estou a beira do caminho
Os amigos todos
Já passaram e eu aqui
Estou sentado sozinho
Só me resta uma
Grande saudade
E tudo que virá
Será vaidade
E pura ilusão.
Imaginar o futuro
É pensar em vão
Olho e vejo a vida
Passar e contemplo
Que estou sozinho
Uma voz me diz bem
Suave amigo não desista.
Lembro –me dos amigos
Saudade faz doer
No peito o amor e o respeito
Pelos amigos do peito
Meus amigos já passaram
Fico triste quando
Olho e vejo que estou
Distante deles
No meio do caminho
Preciso continuar
A caminhada
Não adianta chorar
Lamentar, o recurso é
Viver a vida e lutar
Que a vitória chegará.
Só me resta saudades
Mas assim é a vida.
Tenho a esperança
De encontrá-los
No final do
Caminho dessa vida.
Que será?
Que será da minha vida?
Os amigos vão passando
O amanhã vai-se acabando
E o passado vai aumentando
Que será da minha vida?
Minha juventude
Vai passando
A velhice aumentando
E a solidão no
Peito apertando
Que será? , que será?
Quando o futuro chegar
O presente passar
E depois findar?
E o passado eu
Ter que relembrar?
Não sei o que será
De mim no tempo
Relembrando os
Velhos tempos
E momentos sentado
Num banco da praça
Vendo a juventude
Que não passa
Só me resta viver
A vida sem se preocupar
Com o futuro
Tentar lutar e
Agradar o mundo
E virar uma lenda
No fim do túnel.
Quando chega a noite na cidade.
Quando chega a
Noite na cidade
É triste e dura
A realidade
Dum anoitecer
Sem a certeza
Que irá amanhecer
Choros, brigas
E embreaguez.
Barrigas roncando
Sem ter o que comer
Mendigos pelas
Ruas esperando
A esperança do amanhecer
Quando chega a
Noite na cidade
Acaba – se a vaidade e
Chega a dura realidade
Quem tem lar – se esconde
Com sua família descansando
E esperando o amanhecer
Quem não tem lar e família
Fica com a depressão
Com vícios e tristezas e pesares
Que – lhe adotou como família
E que lhe prende na agonia
Quando chega a noite na cidade
A esperança bate no peito
Ao pensar no amanhã da felicidade
Anoitecemos e não sabemos
Se amanheceremos.
E se eu chorar?
Passamos por lutas
E sofrimentos , alegria
Tristeza de tudo um pouco.
Chega a nos em paz
Ou em tormento
E se eu chorar
Neste momento?
A vida vai passando
Os amigos se findando
A saudade apertando
E se eu chorar
Neste momento?
O tempo vai se findando
O amanhã vai despertando
E o soar de um
Novo tempo chegando
E se eu chorar
Neste momento?
Se eu chorar
Neste momento
Não fique triste
Pelo meu tormento
Esta é a única maneira
Que eu tenho de expressar
Meus sentimentos
Não tenho palavras
Para lhe dizer
Que minha vida
Só resta saudades
De um passado que
Findou-se e que
O tempo apagou
Mas no meu coração
A chama despertou
E se eu chorar
Neste momento?
Sorria para mim
A todo tempo
E me anime dizendo que
A vida continua
E que chega
De sofrimentos
E se eu chorar
Manda-me
Olhar para cima
Faça-me ver que
Tenho companhia
Mostra –me que
Não estou sozinho
E que de mãos dadas
Com você eu vencerei.
Quinze anos
Para você parece
Que demorou
Mas, para seus pais parece
Que o tempo voou.
O tempo passa e logo
Chega o tempo.
O tempo de crescer
De amadurecer
E de florescer.
Quinze anos
Quinze anos jovem.
Ficamos com mais
Vontade de viver
Viva a vida e
Faz a sua vida.
Quinze anos sempre
Por toda vida.
Viver, lutar, vencer.
É assim que deve ser
Lutar pelos seus
Sonhos com
Coragem de viver
Esta data marca inicio
De uma caminhada
Que mais parece uma jornada
Cortando a vida por etapas
Etapas que passamos
E conquistamos
Criança, adolescente
Jovem e velho.
Cada fase é uma estrela
Que se perde pelo caminho
Acesa no passado
Que faz brilhar no presente
Não desista vai em frente
Lute e tente e
Seja persistente.
Você tem muitas
Vitórias pela sua frente
Poesia do amigo
Amigo, meu maior prazer
Foi te conhecer
E saber quem é você
Poder contigo
Aprender a viver
E a lutar pela
Vida com você.
Um amigo a gente
Nunca esquece
Cada vez que nos encontramos
E nos falamos
A história se repete e a
Amizade se floresce.
Cresce no peito e o
Amor resplandece.
Amigo foi bom
Conhecer você
Tudo é vazio
Sem você
Com seu jeito
De viver meu amigo
Eu dependo de
Você para viver
Amigo eu quero
Sempre te ver
Saber como vai você
Poder olhar para
Você e dizer:
Amigo foi bom
Te conhecer
A melhor coisa que
Fiz na minha vida
Foi achar você
Que agora passa a ser.
Toda a razão do meu viver
Amigo, nunca vou
Te esquecer.
Por onde eu andar
Quero levar você.
Dentro do meu peito
E lembrar quem é você.
Não quero ver as lágrimas
Rolarem pelo seu rosto
Quando nestas
Linhas você meditar
Lembre-se tudo pode passar
Mas a nossa amizade.
Essa jamais acabará
Como é bom poder caminhar
Lado a lado com você
De mãos dadas pela vida
Só temos a vencer,
Amigo, agradeço
A deus por ter você.
Desilusão
Por que partistes o que não eras teu?
No meu peito me condenastes
A encarar a realidade
Que é ter que lutar
Com a desilusão
Oh! Amor tão belo
Por que rompeste o elo
Que ligava os dois
Pedaços do peito
Que formavam um perfeito?
E agora? , não há mais jeito.
O recurso é esperar tocar no peito
O que me trouxe tanto desencanto.
Vida desgraçada que é
Só dor e pranto
Como quer que sejamos felizes
Sofrendo tanto?
Só cessa na sepultura onde
Se cala o nosso canto
Não dar para ficar contente
Se não tem mais o vulto
Do teu rosto atraente
Tu que eras para mim a oitava
Dos setes milagres que
Neste mundo brilharam
Para que mais viver ?
Se não há mais alegria
Se o amor que por você
Crescia , expirou-se como se
Fosse um dia .
Estou sozinho esta noite
Ai que vontade de sair pelas ruas
A procura de alguém para conversar
Não agüento mais o silêncio
Que me enche de tormento
Despertando em mim
Um sentimento de solidão
À vontade que eu tenho
É de ter você ao meu lado
Para que eu não me sinta derrotado
Como é triste sem a sua companhia
Penso que estou esquecido
Perdido sem abrigo, sem amigo.
Esta noite eu quero lhe falar
O que estou sentindo
O quanto é triste voltar para
Casa e ver que estou sozinho
Companhia só ao dia
Mas a noite vem só agonia.
De não ter alguém para conversar
E o medo de assim ver a
Vida terminar e sozinho acabar.
Como está o seu amor por mim?
Como está o seu amor
Continua a bater no peito
Desejando ter minha presença
Para apagar esta chama
Que lhe queima de paixão?
Como está o seu amor?
Sabendo que onde estou
Não estou completo
Porque não tenho você por perto
A não ser um pálido reflexo do seu amor
Na brisa que me toca,
E na lua que brilha como prata.
Dando vida a esta noite sem graça
Vida que não tem mais jeito
Sem você ao meu lado
Trazendo o restante
Da minha alegria que
Ficou guardada com você
Como está o seu amor por mim?
Responda com o coração
E também com a razão.
Lembrando de meus beijos
Matando os seus desejos
De ser amada, de ser valorizada.
E imortalizada em meu coração.
Ciranda – Cirandinha
A noite chega
A lua desponta
A luz que ilumina
Clareando a calçada
Marca início das cirandas
Que alegra as crianças
Vem jovens, vem velhos!
Vem todos cirandar
Juntando os passos
Vamos todos cantar
Ciranda – cirandinha
Vamos todos entoar
Na noite tão bela
Crianças sinceras
Estão a brincar
Sem temores
E sem medos
Estão a cantar
Ciranda – cirandinha
Vamos todos entoar.
O Palhaço também chora
A hora que as luzes
Apagam do picadeiro
Começa o vazio no peito
Ao olhar para dentro do coração
E ver que a alegria passou
Um sentimento profundo bate
Ao olhar para as arquibancadas
E ver que elas estão vazias
Ajudastes as pessoas a sorrirem
E agora? Quem vai fazer você sorrir?
Acabou-se a alegria
Ninguém amanhã se lembrara de você
A felicidade foi momentânea
Sei que se dependesse de você
Seria eterna alegria.
Deixastes os problemas de sua família
Por fora está contente e inabalável
Mas por dentro choras ao olhar e ver que só pode
Esquecer os problemas por instantes
Talvez o sorriso e a gratidão das pessoas
Seriam maior se soubessem que o palhaço
Que os fazem esquecer os problemas também chora
Mas o encara com alegria e com lutas
Para fazer a vida melhor, parabéns herói da cara pintada.
Lembre –se que não é feio e nunca vai ser
As pessoas saberem que o palhaço também chora
Mas incentiva os outros a vitória.
Cambaleando na Madrugada.
Cambaleando na madrugada
Interrompendo o silêncio da noite
Dois passos solitários
Sem esperança e consolo
Já bebestes para esquecer a vida
Tão amarga e tão sofrida
E só assim, se debilitando no prazer.
Achastes que é fácil
De tudo se esquecer
E quando não se lembras de mais nada
Volta a casa com a vida desgraçada.
Cambaleando na madrugada
Tu não sabes que o barulho
De teus pés na calçada
É alegria para sua casa
A onde sua mulher e seus
Filhos estão a pedir a Deus
Proteção para você.
Voltastes para casa sem
Nada , mas para eles
O melhor é ter você com vida
Enquanto você estava no bar
Tentando de tudo esquecer
No seu lar, tua família
Pedia a Deus por você.
Enquanto os que dizem
Ser seus amigos vão embora
A sua família a te imploras
Para não mais beber.
Amigo, penses na vida
Problemas maiores terás
Se perderes a tua família
Por causa da bebida
Destruirás a tua vida e
Junto irás tua família
Olhas às lágrimas de
Sua esposa que choras
E com os filhos sentem
Dor ao te ver pelas calçadas
Cambaleando pela calçada
Tu chegas em casa e achas
Forças para calar os prantos
Com tapas e com bofetadas
Amigo, pare e reflita,
E também olhe para a vida!
Olhe para as lágrimas que
Por você são derramadas
Quando aos céus clamam
Por te pedindo a proteção.
Amor Lusitano
Ficastes lá sozinho no tempo
Tão distante e sofrendo, desamparado.
Sem entenderes o por quê?
De tanto sofrimento.
Oh amor lusitano!
Que me enchestes de encanto
E que por mim chorastes tanto
Derramando todo o teu planto.
Camões também por ti chora,
Relembrando tua amada,
Que perdeste no mar da vida.
Choras relembrando sua culpa
Por correr atrás de aventuras
Pagou caro com choros e lutas.
Oh amor lusitano!
Infeliz que sou, este pobre pecador.
Que não soube dar valor
Ao teu sincero amor.
Vejo que eu sou um grande descobridor
Da ilha da ilusão, perdido no mar da solidão.
Sem rumo espero encontrar a morte
Não espero grande sorte
Amor lusitano, obrigado por
Demonstrar tanto afeto.
Por mim também pagastes
Um grande e cruel preço.
A dor do amor no coração.
Canção do Amor
Chegas de mansinho
Suave como o vento
Mexendo com meu sentimento
Amor misterioso
Amor misterioso
De encanto e de magia
Só trás a alegria de
Ser feliz no amor
Não sei de onde vens
Só sei que vens com força
De amor misterioso.
Amor misterioso
Meu coração é seu
Não sei qual é seu nome
Não tem explicação
Só sei que eu te sinto
Chegar bem sorrateiro
Nas horas de tristezas
Amor misterioso
Perfuma meu coração.
A vida sem você
Não passa de ilusão
Receba desse amigo
Uma eterna gratidão
Fogão a Lenha
O viver doce é aqui no campo
Na beira de um rio
Nasce meu encanto
Vendo às matas verdes
E as Campinas
Cachoeiras claras que
Vem das montanhas
O viver em paz com a natureza
É saber desfrutar de suas belezas
E sentir o ar puro
É sentir a vida
É o fogão a lenha
Que faz boa comida
E uma fumacinha pela janela
Vai buscar o meu amor
Vem sentir também esta beleza
Vem pro paraíso amor .
Pois aqui no campo
Tudo é tão lindo
Tudo é tão belo
Tudo é infinito
Más sem você eu
Vou morrer de paixão
Pois é muito grande
A minha solidão
Com você por perto
Tudo é diferente
A brisa do vento
Sopra o amor da gente
Ás águas refresca
O coração ardente
É o fogão a lenha
Esquentando a gente
É o amor nosso
Com a vida no campo
É o paraíso de nossos sonhos.
Saudosas brincadeiras do nosso Povo
Quem não se enxerga
Recebe o nome de cobracega
Com os olhos vendados
Sai procurando os colegas
Com um punhado de pedras
Joga-se belisco na calçada
E se entra correria agora
É porque a brincadeira é de Bóia
E para quem é atleta
Vamos jogar peteca ?
E para quem gosta de dar às mãos
E andar em círculos
No ritmo da infância
Vamos dançar ciranda?
Para quem gosta de procurar
Eu vou correr e amoitar
Se você me encontrar
Favor então gritar :
Pique um , dois , três
O fulano eu ali está .
E se eu for à rua
Com quem meu
Anel vai estar ?
Atirei o pau no gato
E o povo até benzeu
Por causa do miado
Forte que o gato deu
Não sou polícia
Mas nas brincadeiras de ronda
Se são meus amigos , logo então grito:
Pique ajuda um , dois , três
Encontrei você outra vez
Eternas brincadeiras saudosas
Ás de hoje são bebidas
Roubos , fumos e drogas
E as antigas que faziam
O homem crescer
Se perderam na história .
Mais um dia amanhece
Mais um dia amanhece
E o que eu vou fazer nesse dia ?
Não vou deixar que os meus
Problemas venham – me entristecer
Apesar dos problemas que
Já estão na porta a bater
Hoje eu decidi levantar e viver
Vou esquecer o amanhã
Que tanto me faz sofrer
Procuro tanto em viver o amanhã
Que me esqueço de viver o hoje , ao amanhecer
O amanhã é o dia de hoje duas vezes ,
Se eu viver bem hoje
Amanhã será bom duas vezes
Mas se eu viver mal.
Amanhã pensarei no passado
E tentarei consertar o presente.
Mais um dia que devo viver
Com amor e alegria
Hoje eu acordei sabendo que
Muitos não amanheceram
E que muitos não dormiram
Por causa da dor e do sofrimento
Vejo que sou privilegiado
Vou viver hoje como se fosse
O meu único dia e com o
Meu próximo vou compartilhar
Hoje dessa grande alegria
Hoje não vou reclamar da vida
Se faz sol ou chuva
Se é fácil ou difícil
Se faz calor ou frio
Vou fazer a minha parte
Vou cumprir a minha tarefa
Até o final do dia .
Criança
Vou correr
Vou brincar
Vou saltar e então cantar
Sou criança inocente
Tudo para mim é diferente
Chegou à tarde de mais um dia
Mais um dia de criança
Vai pro quarto pequenino
Vai dormir para crescer
Vai dormir , vai sonhar
Com anjinhos a cantar
Dorme , dorme inocente
Criancinha bem contente
Que amanhã é novo dia
Pois tudo será mais alegria
Garoto de Rua
Hoje nasceu mais uma criança
Nas ruas da cidade
Filho de mãe prematura ,sozinha
Desiludida e sem o apoio da família
Deu a luz a um jovem sem teto
Sem amor e sem afeto
E sozinho nas ruas aprenderás
O que não é correto
Crescerás e lutarás para viver
E dos furtos e das drogas
Tirará o teu sustento
Jamais saberá o que é está na escola
E numa lata de cola perderás seus
Sonhos e pensamentos
Crescerás num mundo vazio
E terás o desprezo , a revolta e o descontentamento
Ao ver pessoas que podem ajudá-lo
Virarem às caras e descrimina-lo
No meio de tantas injustiças
Só crescerás a revolta
Verás que ninguém lhe estende a mãos
Para tirá-lo dessa situação
Seu futuro é a morte , que triste e infeliz sorte
Se às drogas não o levarem
O traficante , às doenças ou os grupos
De extermínios o levarão
E mesmo assim se de tudo escapar
Na cadeia irá parar
E o restante da vida a encurtar-se
Na janela de uma cela
Vendo alguns privilegiados que nasceram
Num lar com uma família estruturada
Reclamando da vida e não dando a ela
O seu real valor
E fazendo às pessoas ao seu redor
Chorarem de tanta dor
A vida não é injusta , nós é que somos
Injustos na hora de compartilhar o carinho
A ajuda e o amor
Todos os dias a história se repete
Nas ruas da cidade .
O varredor de Ruas
Amanhece o dia e um
Senhor solitário varrendo
A velhas ruas da cidade
Antes das pessoas se levantarem
E verem às desordens de lixos
Semeados pelas ruas por
Baderneiros e vira –latas
Aquele pobre varredor passa com
Sua vassoura varrendo às ruas e às calçadas
Crianças em suas ruas não sabem
O que é cortar os pés em cacos de vidros
Graças a esse bom senhor matutino
Às pessoas despertam e não sabem o que
Aconteceu na noite passada em suas ruas
Saem para o trabalho e nem si quer reparam
Como está tudo limpo e arrumado
Não existe lixo em suas portas
E nem folhas e nem vestígios
Dos desordeiros noturnos
Oh varredor de ruas!
Você também acaba varrendo
O nosso orgulho ao nos mostrar
Que apesar de às pessoas não notarem
Você às ama e por isso escolheu ser útil
A elas nessa humilde profissão
Que apesar de muitos olharem
Para ela com discriminação
Você faz dela uma das
Mais honradas profissões .
A flor do meu jardim
Sonhei que você era
A flor do meu jardim
Uma semente de esperança
Que plantei num vaso de amor
Que reguei com gotas de carinho
Com adubo do respeito
Crescestes no meu peito
Abristes um botão de alegria
Com pétalas de educação sadia
De todas às outras plantas
Conquistastes a simpatia
E os raios do sol da admiração
Clareiam –lhe todos os dias
Pois você é a razão
Da minha eterna alegria
De onde vens o vento?
De onde vens o vento
Que passa pelas Campinas
Sacudindo às flores do pé da colina?
De onde vens o vento
Que sopras pelo rio onde
Banha-se o meu amor ?
Passas pelo teu corpo
De Afrodite lhe revestindo
Da brisa serena que vem do anoitecer
Oh minha musa da paixão
Assim és o meu amor como o vento
Que te sopras e te faz gelar a alma .
Secando teus medos e tormentos
E lhe enchendo os pulmões de amor
Que sopra às nuvens aos corações secos
E faz cair a esperança que faz
Germinar a arvore do amor
Não sei de onde vens
E nem sei para onde vai
Só sei que sua eterna
Trajetória é infinita
Assim és o meu amor
Por você ,como o vento.
Barquinho de papel
uando a chuva cai
Saio correndo pelas ruas
Com meu barquinho de papel
Acompanhando à enxurrada
Vejo ao longe às águas levando
Meu barquinho ,tão frágil e tão pequeno
A caminho do rio
Fico imaginando eu nele com o meu amor
Abraçados , seguindo o nosso destino
Até o calmo mar do amor
Meu amor por ela é como o barquinho de papel
Tão frágil nas ondas da vida
Mas mesmo assim não se intimida
E vai seguindo sua vida
Meu amor por ela é como este barquinho
Guiado pelas mãos de inocente criança
Que colocou seus sonhos em um pedaço de papel
Feito com o papel do mais puro amor
Guiado pela inocência nas enxurradas da vida
Até o rio da esperança onde se fortalecerá
Para chegar até o mar do amor
Calmo puro e vencedor, do mais puro amor.
A enxada e a caneta
Não me digas tu ,oh caneta
Que de mim só vem desonras
Pois tu dizes que só pegam a
Você gente de boa fama
Mas ,olhe só aqui no campo
Veja às pessoas que lutam
Tanto para manter os que
Pegam a você com encanto
Com minha ajuda muitos
Fizeram fortuna para seus filhos
Virarem doutor lá na capital
Para depois te usarem e você
Chegar pensando ser a tal
Saiba de uma coisa que acontece
Aqui no campo , malandro não tem
Vontade de me pegar para trabalhar
Só me pega quem é honesto
Quem não teve condição
De só contigo trabalhar
Mas são homens honrados
Diferentes dos salafrários
Que só querem dos outros
Aproveitar e crescer na vida
Sem ser preciso trabalhar
Desse tipo de gente você
Também não tem como escapar
Tem que a eles servir ajudando-os
Ao mundo defraudar, enquanto que
Comigo, que sou a caneta da roça
Não tem como crescer sem trabalhar
Respeito a você como caneta
E também de mim deverias respeitar
Pois de mim também sai o sustento
Das mãos que te seguram por lá .
Cavalaria Lusitana
Ouvem-se os barulhos dos cascos
Dos cavalos pelas ruas da cidade
Será guerra , será repreensão , ou
Até mesmo uma rebelião?
Não meu bom homem mineiro
É a cavalaria lusitana
Que deixou o rio de janeiro
E veio até aqui para nos tirar o sossego
O que querem esses desalmados
Além de nos levar o quinto
Das nossas riquezas , do nosso ouro?
Querem nos tirar também a liberdade
Levando Tiradentes , o sonhador divino
Querem destruir os nossos sonhos
De sermos livres da escravidão
Querem abafar um grito
Que irá despertar a nação
Um grito que os cavaleiros
Não podem matar em cada coração
Perdemos Tiradentes, que agora morrerá
Como um inconfidente para despertar
O patriotismo da nação
Mostrou ser um brasileiro
Ao dar a sua vida pela liberdade
Do seu país , sua nação .
Poder revê-la
Poder revê-la é o que mais me
Importa neste mar da saudade
E poder te ver em meus braços
Aqui estou como Odisseu
Enfrentando poseidon destino
No mar das lutas e das saudades
Anseio chegar a praia dos
Teus beijos e abraços
Assim como o jovem de ìtaca
Ansiava após suas aventuras
O descanso nos braços de
Sua amada Penélope
Poder revê-la é o desejo que sinto
Ter em meus braços ,
Sentir o seu carinho
Poder unir nossos sentimentos
Em um só laço de esperança vindoura
Sem temer o futuro , pois se
Estou ao teu lado ,estou seguro
Seguro e confiante,pois tenho
Mais alguém que se preocupa comigo
Pois juntos não há o que temer
O vindouro futuro, apenas
Encara-lo com muito orgulho.
Crítica
Surgistes com os gregos com
O intuito de ofender os loucos
Sentados no Divã do Olimpo
Com o tempo foi –se aperfeiçoando
Com um pouco de realismo,de sátira,
Humor e zombaria
Despertando iras, tristezas e contendas
Dúvidas e levantando incertezas
O humor é a crítica , a realidade
Sendo contada de maneira
Alegre e descontraída
Às vezes torna –se arma para quem
Quer ao próximo ofender
Às vezes ajuda a verdade a tona aparecer
A não aceitar tudo que os
Outros vêm lhe oferecer
Começastes lá nos tempos
Passados com um gordo feio
Baixo e debochado . Platão
O careca endiabrado
Minha ninfa
Admirando sua pele divina
E sentindo em minha boca
O teu beijo ardente
Oh minha ninfa inspiradora !
Faz-me viajar em um sonho
Profundo e irreverente
Quando a vejo andando de encontro
Ao sol escaldante , sinto ver o céu baixar a terra
Sinto ver um anjo, com doce olhar de encanto
Trazendo-me o mais puro amor do Olímpio
Com um brilho esplendoroso
Oh minha doce ninfa !
Venha para os braços do seu amado
Poeta mortal , que ao sentir você em meus braços
Cresce em meu peito uma coragem fenomenal
De sair a gritar , mostrar para todos
Esse amor que me faz sentir um poeta imortal
Sentado no divã do amor com você em meus braços
Passando-me todo o seu amor
Doçura são teus beijos como o néctar
Do Olímpio que revigora seu amado
Do amor imortal
Cesse tudo que de Afrodite
A velha lenda canta
Pois outro poder ainda
Mais belo se alevanta
E é você minha ninfa
Que me encanta.
Olhando além da janela
Olhando além da janela
Eu avisto uma serra
É para lá aonde vai
O meu triste coração
Atrás daquela serra
Uma música tão bela
Faz soar meu coração
É para lá eu olho então
Que música toca lá?
Só o silêncio do vento
E o canto das aves
Ao passar pelas arvores
E pelas flores são
Para mim dois amores
Olhando além da janela
Eu imagino esta vida tão bela
Que está além da serra
Que torna a vida tão completa
Olhando além da janela
Não quero ficar apenas a contemplar
Quero lá levar meu coração
Para deleitar nesta emoção
Marchar
Ao oitavo dia, do terceiro mês
Do ano de mil e quinhentos
O herói com brasão de cabras de Belmonte
Olha para o céu, olha para o mar.
Com um olhar bem descontente.
Oh, eterno poder trino!
Olhe só a vida triste
Que nos encobre, redemoinhos
De lendas que falam que existem
Nestas águas da imensidão.
Oh, poder trino que favor
Aos reis consente!
Concedeis nos marchar pelos mares,
Abrindo os horizontes da superstição.
Eu quero marchar com os ventos,
Com Deus e com os firmamentos do mar!
E Jeová reponde: "Marchar!
Avante irás sem se intimidar
Por outros mares a navegar."
Vai Cabral abre a minha eterna
Oficina e tire o Brasil de lá.
“Por esse mar longo”.
Afirmava Caminha.
Inspirado pelas ninfas
Que do olímpo desciam.
Vamos abrir à mente desta
Antiga marinha.
Ao vigésimo segundo dia
Do mês quarto de mil e quinhentos
Ao Brasil desembarcaram.
Povos e grandes riquezas acharam
Que nem nas índias, ouviu tal fama.
sábado, 18 de dezembro de 2010
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