Violão
Que vontade de tirar você da capa
E tê-la em meus braços e abraços
Poder ouvi-la falar bem baixinho
O som de sua voz com carinho
Meu violão! Quero sentir o teu corpo
Chamá-la de viola D’Amore
E passear as minhas mãos pelo teu corpo
Enquanto você se aninha em meus braços
Como dizia o Sábio Poeta Morais;
“O violão é a música em forma de mulher”
Para lembrar o homem do que realmente ele quer
Mulher violão, Violão mulher
Como pode duas coisas mexer com o homem tanto
E dele fazer o que bem quer?
Violão
Tirando você da capa, passeando pelo teu corpo
Alisando o teu corpo com mãos suaves
Tocando as cordas do teu peito
Você fala um som manso em meu ouvido
Meu violão, deitado em meus braços
Delicio-me em olhar e alisar suas curvas
Curvas que se encaixam em meu corpo
A maior canção é poder te ver
A maior música é poder tocá-la
Acariciá-la, alisar o teu corpo
E ouvir você falar em meu ouvido
Meu violão, minha vida
Teu corpo, minha paixão
Tuas curvas, minha sedução
Escreva-me
Escreva-me nem que sejas
Uma pequena e curta linha apenas
Para eu saber como vive
O meu tão nobre amor
Ontem eu chorei em nosso lar
Em cima daquela cama
Cama que ainda exala e condena
O teu nobre perfume, minha colônia
Ontem eu chorei ao sentir a sua falta
Perto de mim, em nosso lar
Escreva-me que irás voltar
Espero você em minha vida
Como a vida espera o eterno sol
A cada manhã, a cada dia e a cada noite.
Meu Amor
Meu amor eu te quero
Como as flores no inverno
Precisam do calor do sol
E eu da luz do teu corpo
Eu querendo acariciá-la
E no amor louco sufocá-la
No prazer doce da vida
Preciso e quero ter você
Viajar no mundo do teu corpo
Conhecer ilhas e destinos sombrios
Apalpando com meus lábios
Esse santo prazer pudico divino
Magia, deusa, carícia da malícia
Que de Eros ouvem-se louvores.
Encanto
Eu perdido no meu canto
Desperto em você o meu encanto
De amor sincero e respondido
Amor triste e deprimido
Sozinho eu fico admirando a arte
De ver você de formas pudicas
Despertando o prazer nas formas míticas
Do teu esculpido corpo caliente
Não basta só olhar, admirar
Tenho que beijar, e no prazer saciar
Endeusar no amor e na malícia
Gozar de ter você, e como você quer
Dominar-te nesta noite minha Senhora
Fazer mulher eterna, eterna professora
A Cigarra
Havia no mundo uma cigarra
Que levava a vida na toada
E das pobres formigas trabalhadoras
Inspirava canções de zombaria
Mas o tempo como Senhor da morte
Da paciência e calma razão
Trouxe o inverno, a triste sorte
E valor para alguns, outros humilhação
A formiga agora goza em paz em sua casa
Só desfruta do que colheu do trabalho
Compensou o esforço, descansa no inverno
A néscia cigarra tola e cantora
Sem se preocupar com a sorte
No cruel inverno veio a sua morte
Jangada
No mar se vai minha triste jangada
Não vá para a pesca ou algum certo destino
Lá se vai o meu amor sonhando e chorando
Sozinha chorando no mar sem destino
Lá se vai chorando e de coração partido
Enchendo o mar de sal de lágrimas
E o mar também eu chorava em ondas
Por ver a triste e sombria partida
Minha cruel jangada no mar sem destino
Nas águas sem saber o porquê dos choros
Ela agora e um instrumento do cruel destino
Meu amor se foi na jangada
Do mar da saudade da vida
Amarga e triste fiel partida
Coração a Mineira
Mineira de coração valente
Que me enches de um prazer quente
Fazendo me sentir louco em conhecer
De ter você e também lhe pertencer
Mineira meiga e maliciosa safada
Carinhosa felina, meiga como fada
Me deixas cego por suas diabruras
Espantando do meu coração as amarguras
Saciando na cama, do prazer à loucura
Mil encantos, lindos, imorais fantasias
Com carinho e suave, pura ternura
Vem minha mineira sem vergonha
Encherem-me de desejos, desejosos envolventes
Enquanto eu me aninho em suas partes quentes
Minha Feliz amada
Oh minha feliz amada
Teus olhos são como faróis
Que brilham no infinito
Das profundezas do meu íntimo
Oh Eterno Criador Divino
Os fizestes para despertar
O doce desejo do amor
E clarear minha noite em dia
Nos teus olhos vejo a poesia
Pobre simples, louca rapsódia
Divinas letras de Homero
Fazer – me saciar o belo
Desejo de amor, desejo eterno
De ter você deitada ao meu lado
Boa Noite
Boa noite Donzela, eu vou-me embora
Não me esperes amanhã cedo.
Não me apertes contra o peito
Que assim acende mais o meu desejo
De ficar, amar o teu corpo
Mas, já rompe o belo dia
É hora da negra noite
Recolher como cortina
Eu queria nesta translúcida cambraia
Descobrir dela o teu saboroso corpo
Mas infelizmente, já rompe o dia ardente
Já brilha a luz da aurora
Clareando o teu corpo nu
Bom dia nobre Donzela.
A frouxidão do Amor
A frouxidão do amor é ofensa
Ao mais néscio amor demente
Deixando a paz descontente
Arruinando o amor, caindo a casa
Olha querida de mim não se zomba
Dos meus tristes e singelos versos, tomba
Só a ti peço que sejas e me ajude a ser forte
Fazendo nosso amor cair à sorte.
Formosa, teus beijos tem sabor de mel
Teu desprezo a mim, amarga como fel
Por obséquio, uma veloz decisão!
Por que complicas a diaba vida
Falando se dela como uma inimiga?
Deixando cair na vida à intriga
Jesus Cristo
A vós, correndo vou a Ti, meu Cristo!
Na santa cruz, pedir auxilio
Implorar forças do infinito
Este teu humilde e triste filho
Que por mim, teu sacro e escarlate sangue
Gotejastes no cruel madeiro
Com os pregos do ferreiro
Derramastes, diante da cruel gangue
Aos teus humildes olhos abertos
Perdoa-me com eles despertos
Lavando-me com o perdão
Ao pecado, quero afastar-me
E na cruz contigo quero atar-me
Para junto de ti, ter a salvação
Amor de outono
Já repousas o quente verão
E eu me encontro na triste solidão
Da saudade de beijar teus lábios
Desejos loucos, meus anseios
Deslizar minhas mãos como folhas
Amparadas pelos ventos do outono
Preso a você como ferrolhos
Amando e esperando o gélido inverno
Ver desabrochar seu botão belo e florido
De doce flor, infinito prazer e carinho
Dos teus lábios doces, saboroso caminho
Suave aroma que destila
Do teu fervente desejo
Quando desperto-a com um beijo.
Cantiga de Amor
Vaiamos amiga a dormir
No calmo negror da noite
Em ribas de uma vélida campina
Quisera eu te amar!
Pero Nostro Sacro Senhor
Uniu-nos nesta Arcádia encantada
Com teu magno perene Poder
A todo meu poder te ter
E o encanto das fadas
Leixa-las guarir Orfeu!
Mortalhas de sono dês o anoitecer
Nos meus braços terrá perfeito preito
Atá caer romper do dia
Na minha cama em que sol jazer.
Vocabulário:
Vaiamos = Vamos.
Em riba = Em cima.
Vélida = Verde.
A todo meu poder = De todo meu coração.
Amiga = Namorada.
Fadas = Ser Mitológico encantado.
Arcádia = Monte da Grécia.
Terrá = Terá.
Preito = Pacto.
Atá caer = Até cair.
Em que sol jazer = em que dormia só.
Senhora
Senhora parte tão triste
O meu cansado coração
Que nunca no mundo vistes
Outro assim por você
Tão triste e tão choroso
Doente de tamanha partida
Distante mortalha da vida
Lonjura de circunstâncias
Dez mil vezes morrer
Longe de ti nesta vida
De tamanha tristeza
Cem mil vezes nascer
Por ter do lado sua amizade
Tendo por perto minha Senhora.
Embora para vintém
Vou-me embora para vintém
Onde conheci alguém
Sou amigo de quem nela manda
Sem precisar de um vintém
La eu terei fortuna sem fama
E a mais bela mulher em minha cama
Lugar onde riquezas não valem
Só se vale a amizade, amor e respeito
Vou-me embora para vintém
La eu vou morrer como alguém
Fazendo o que me convém
Tendo o amor de alguém
Vivendo como ninguém
Respeitando alguém
Serei Fiel
A ti meu amor, sempre eu serei fiel
Mesmo em face do eterno tempo
Preso a ti serei como abelha ao mel
Vivendo a cada momento, doce tempo
Hei de espalhar meu canto
Feliz eterno contentamento
Mesmo em tristeza e espanto
Não desperdiçarei cada momento
Poder falar a você do meu amor
Que nascerá belo a cada manhã
E poder reverenciá-la, minha flor
Assim poder aquecê-la
E louvar tamanha beleza
Cada vez que eu a vê-la
Amor quente
Amor de chamas quentes
Olhos verdes e envolventes
Levando-me a doce tortura
De cobiçar tamanha loucura
Poder estar contigo amada
Sentir você pra mim cantando
Uma prece linda de puro amor
Exalando cheiro suave como uma flor
Oh minha amada flor!
De pele macia, lisa delicada
Doce amor, puro sabor
Quero sim ter e possuir você
Sentir prazer na amarga vida
Delirar e sonhar com você
Olhar a Cristo
A ti vou olhar meu Cristo
Eternos olhos do infinito
Que estão sempre a me olhar
Querendo das angústias me libertar
Seus olhos, chamas reluzentes
De esperança e paz envolvente
Através da vida e beleza
Estar a me olhar com a natureza
Oh olhar belo de Cristo!
Amigo fiel e sincero, Pai Divino
Enchendo-me de carinho
Seu olhar causa temor
Ao mais vil sofredor
Levando a esperança
A minha Musa
A musa que eu guardo comigo
Inspira-me versos líricos
Poemas, canções de amores
Fazendo me viajar no infinito
Viajo e sonho nas rimas
Fazendo versos pra exaltá-la
Com as palavras eu viajo
O tempo todo em pensamento
Imaginando o teu corpo
Teu olhar, lábios vermelhos
Quentes brasas como fogo
Cabelos lisos, véus da paixão
Levando-me a imaginar
A imaginar a mais pura poesia
Recordação
Manhã tão bela! Dizia Gabriela
Todos os dias ao abrir a janela
E ver Maria feliz brincando
Enquanto Ana seguia trabalhando
Jovens crianças sorrindo para a vida
Não viam a pobreza vinda
O tempo passou e tudo mudou
O tempo de criança alegre se findou
Ana seguiu-se com a sua vida
Maria com o tempo anda deprimida
Pensando na lembrança da infância
Saudade de ouvir Gabriela
Que todos os dias da janela
Dizia manhã tão bela
Outeiro
Nossa casa bem La em cima do outeiro
Com a lira e a flauta, doces companheiros
Para contemplar os amores verdadeiros
De uma deusa com um simples roceiro
Saciando-me com você o prazer do amor
Enquanto você aprecia a beleza da flor
Começo a sonhar e amar com alegria
Que passa a ter pra mim, grande valia
Neste bucólico pastoril, lugar santo
Onde se exprime por você meu encanto
Junto à natureza por ti, a louvar
Desejar teu belo corpo envolvente
Enquanto eu, simples demente
Desejo ter você pra sempre
O meu amado
O meu amado me aquece
Com seu olhar de quermesse
Disposto a pagar o preço
Do mais puro malicioso desejo
Suas mãos em mim passeiam
Seus beijos de amor saciam
Todo o meu corpo quente
De suas malicias envolvente
Seus membros levam-me ao delírio
Doce santo, suave martírio
De sentir prazer no amor
De se deliciar no prazer
Sobre ti sinto me estremecer
Passando nas maiores fantasias
Socorro (Canção)
I
Alguém me dê um amor sincero
Que me tire deste tédio
Socorro, me diga, por favor!
O que fazer pra acreditar na vida?
Socorro! Alguém me tira dessa agonia!
Dessa solidão bandida e desiludida
Preciso que alguém me encha de conversa
Eu preciso chorar o que eu sinto
Eu preciso falar o que não estou sentindo
Socorro! No amanhã eu não acredito
Somente no “Carpe Diem” destino
Socorro! Alguém me mostre um sentido
Para meu coração bater em um ritmo
Pois esta batendo por bater
II
Socorro! Não há pra mim motivo
Pra eu querer viver e sonhar
Não há matéria abstrata ou concreta
Só há realidade expressa
Expressa vida no presente
Socorro! Não adianta apelar pra Deus
Creio eu que ele acredita em mim
Mais do que eu nele acredito
Socorro! Estou tão triste
Solidão, cansado e carente
De debater no mar da vida
Mar de incertezas, invejas e seres ausentes
Socorro! Não dá mais pra chorar
Preciso de você, e de me encontrar. (Fim)
Iracema
Iracema dos lábios de mel
Qual dos lábios era doce
Qual dos doces era fel?
Bocas, doces, amargas ao léu
Qual delas saia os sabores?
Qual delas hesitavam seus amores?
Serás que eram os lábios superiores?
Ou talvez os inferiores saiam doces sabores?
O mel que a fazia ser humana?
Ou o mel que a tornava mulher?
O que dava prazer ou encanto?
Duma boca degustar-se
De outra gozar-se
Qual delas amou provar-se?
Noite
Boa noite minha Donzela
A lua desponta no céu aflito
Triste olhar calmo no infinito
A entrar melancólico pela janela
E tu me dizes boa noite entre beijos
Tentando me acalmar, meus desejos
Desejos de nos teus braços descansar
De querer fazer a noite acordar
Mas, logo soará o canto da matina
E eu, ao teu lado não poderei despertar
Mas guardo nos lábios o sabor de sua pele divina
Boa noite minha Donzela!
Já vem noite, que não é velha
Acalmar nossos profanos desejos
Eu te amo
Eu te amo querida tanto
Com um belo amor, dor intensa
Que para ti, pode parecer doença
Mais cresce em minha vida teu encanto
Sua voz em meu coração é acalanto
Enchendo de paz minha alma
O teu olhar me trás a calma
Aquietando o meu pranto
Um amor de inocente preza
De fraternos desejos de amigo
Despedindo a louca solitária tristeza
Desejo muitas vidas a você
Querida irmã de minha alma
Obrigado por deixar eu te pertencer
Cantiga de Amor
Como morreu quem te amava
Ninguém assim te amou
E deste mundo tudo receou
E em você somente pensava
Ai minha Senhora, assim eu morro
Dona que nunca me correspondeu
Ai minha Senhora, assim vai eu
Que cada dia mais eu sofro
Vendo a luz do teu olhar
A minha vida a clarear
Mas logo volta às trevas
Espero que o Sacro Senhor lhe faça ver
Senhora como por ti, eu sofro
E por esse amor, eu também morro.
Cantiga de Amigo
Ai natureza como eu sinto!
Do meu amigo, meu instinto
Partiu-se em busca de aventura
Levando minha formosura
Onde achareis a resposta do meu amigo?
Oh natureza! Sinto-me sem abrigo
Ai arvores! Ai verdes e silenciosas matas!
Por que a vida é tão ingrata?
Meu amigo foi se para a guerra
E eu aqui estou deitada nas relvas
Pedindo a terra que me enterras
Oh arvores dos belos bosques!
Serás que voltareis a ver o meu amigo?
Trazendo segurança a mim e abrigo?
Bocage
Bocage nobre putanheiro
Que gozavas o dia inteiro
Na poesia, deu rima a putaria
Enchendo os versos de alegria
Nos teus amores de sonetos
Não haviam imorais defeitos
Havia mui nobres versos
Inspirado pelas deusas do Tejo
Igual a Camões, se imortalizou
E sua semente no mundo plantou
Imortalizando-se nos versos
A ti rendo minha reverência
Nos meus versos sinto a carência
De putíssimas ninfas a inspiração
Olhar...
Hoje eu acordei de bem com o mundo
Ver a esperança de o dia raiar
Em seu belo e arcanjo olhar
Em minha vida tudo mudando
O seu olhar esperançoso e futurista
Mostrando que em mim, ainda acredita
Faz-me sentir forte desejo de humildade
De aprender com você e com a humanidade
Meu mundo mudou com o seu olhar
Mesmo se eu na vida e no amor falhar
Você vai me ajudar me amparar
A ti devo amor, servidão e devoção
Pois o seu olhar, desperta eterna dedicação
Por mim a olhar como humanidade sonhadora
Catedral
Nela onde eu me sinto pequeno
Admirando o esplendor divino
Eu me canso da gloria dos homens
E vejo que nada vale o que tens
É na catedral onde eu me sinto um deus
Buscando a imagem de um Supremo
Cheio de feridas, dores e enfermo
Implorando auxilio dos céus
Em meio ao silêncio sepulcral
Restauro minhas forças com o astral
Medito o quanto sou finito
Nela eu sonho em pensamento
Em uma viajem mental pelo firmamento
Fazendo me elevar ao puro clima divino.
Admiro...
A musa que eu admiro
Mora no intimo do infinito
Exala perfume suave de rosas
Tem a pele branca como a neve
Um olhar de inocente pureza
Que faz fugir qualquer tristeza
Parece um perfeito anjo
Quando a noite triste desperta
Você minha querida de pele clara
Bela luz resplandecente
Amanhece nua em meu leito
Logo sinto você em meus braços
E eu começo a dormir e acariciar
Com meus beijos o teu quente corpo
Você...
Hoje eu amanheci contente
Pois acordei na minha cama
Com você em meus braços
Macia pele de inocente fada
Graças eu dou ao divino Baco
Que derramou vinho em teus lábios
E a netuno deus do mar
Que pintou o azul em teu olhar
Este amor puro de mulher
Que envolve me tirando a força
Fazendo me cair na paixão
Camões
Camões nobre eterno valente
Em teus versos ensinou a nossa língua
Os seus parâmetros e exaltação
A língua deve a você, os passos da perfeição
Da literatura foi o mais honrado
Ilustríssimo filho, grande sonetista
Que não se achou neles defeitos
Nem nos versos e sentimentos
Injustiçado na vida foras
E também nos singelos amores
Sofrestes como simples homem
Mas na escrita veio sua exaltação
E em os lusíadas, grande epopéia
Fez chorarem as musas de odisséia
Dona
Corpo de divina e pura mulher
Faz de mim sonhos e o que bem quer
Olhos que me fazem tremer
Beijos que fazem o meu amor arder
Pelas ruas, pelos campos irreais
Despertando em meu ser, seus ideais
Nos teus braços me atira a cama
Acendendo no teu corpo minha chama
Essa hora tu és Dona
Eu sua caça, sua presa
E você minha amazona
E no meu corpo sacia a fome
Seus instintos de mulher
E faz de mim o que bem quer
Erótico
Nunca vi no mundo uma bunda
Assim, tão perfeita como a sua
Macia, suave e cheia de formas
E anatômica em minhas mãos
Assentada em meu colo
Cavalgando no prazer
Sinto-me o teu corpo estremecer
Como se fosse de uma feroz febre
Mas é de prazer louco
Que você quer se saciar
Com seu corpo perfeito
Enquanto você balança
Os teus perfeitos seios
Macias peras saborosas
Verão
Já repousa o verão agreste
E agora nos cobre o céu celeste
Anoitecendo o coração quente
Trazendo descanso em nossa mente
Trazendo a esperança de chuva
E de um amanhecer florido
Para cicatrizar um coração ferido
Que agora chora lágrimas como chuvas
A esperança é um vício demente
Que nos faz esperar contente
Uma vitória verde e incerta
Logo amanhece, e às vezes vem
O verão seco e malvado
E meu coração ficando apertado
Coxas
Coxas roliças e torneadas
Palmeiras belas afiadas
Prendem o homem no desejo
Como numa teia, um percevejo
Coxas lindas que me seguram
Levando-me a enormes diabruras
E nelas doces fervuras
Enquanto meus lábios nos seus se encontram
Como é bom sentir suas coxas!
Apertando-me, e também me acariciando
Eu eternamente com você deliciando
Suas coxas, sãs e sadias
Proporciona um prazer e alegria
Ao tocá-las com minhas mãos
Mãos
Suas mãos são carinhosas
Tão macias e tão esperançosas
Acalma-me quando apalpa o meu corpo
Com um toque suave em meu rosto
Suas mãos são divinas
Representação real do teu amor
Expressam também o seu louvor
E sua curiosidade de menina
Mãos santas e amadas
Ao corpo quente e amoroso
Estão sempre ligadas
Mãos que me trazem carinho
Como se fosse um beijinho
Fazendo-me pra vida despertar
Cortez e Liel, ouvindo Sátiro a tocar a sua flauta pan(soneto abaixo)
Belas Horas
Quão belas as horas Liel
Que passo junto a ti, ao seu lado
Nem vi que o tempo já passado
É como se você dele, fosse filha
Deitados juntos nas campinas
Deixa Sátiro a tocar a flauta
Soam aos ouvidos como o som de liras
Assuntos que de nós se trata
Cortez clama como um pastor
De Liel a cândida formosura
Sua maior e bela ventura
Enquanto em nós, durar esse amor
Nunca findará o meu labor
Depois que acabar-se o dia
Medo
Já tive medo e tremi, por causa do escuro
Já tive pavor e chorei muito, pensando no futuro
Já andei por caminhos de incertezas
Também tive no mundo muitas tristezas
Já percorri caminhos distantes
A procura de respostas pra vida
Como um louco por comida
Hoje estou bem mais contente
Venci o medo da chuva forte
Não temo quanto à morte
Se o segredo é viver o hoje
Aprendi a me contentar com a sorte
Não tenho medo de todos os dias eu viver
Pois é um risco que tenho que correr
Um amor fiel
Singela e formosa e meiga doce mel
A ti serei um eterno amor fiel
Enquanto eu ver o seu olhar claramente
Na vossa face o céu ardente
Alegre pessoa, mulher excelente
Corpo belo e beleza reluzente
Flor da mais pura formosura
Jovialidade, experiência madura
Ainda tens o brilho da mocidade
Causa invejas a muitas beldades
Tens uma alma que não é pequena
Sabedoria que humilha a deusa Atenas
Não se contentas com um simples apenas
Procuras sempre ser a melhor no que faz
Árcade
Torno a ver-vos, oh belos montes!
Campinas verdes, bucólica vida
Onde o tempo tem maior valia
Onde o gado pasta calmamente
Almendro e Corino também estão comigo
Simples vaqueiros árcades
Fiéis amigos que inspiram comigo
As lembranças de você, minha amada
Neste belo campo e lisonjeiro encanto
Esperando a primavera acalmar o pranto
E se converter em verde alegria
E com você repousa a louca fantasia
De uma simples solidão choupana
Virar castelo de encanto medieval
Cantiga de Amor
Senhora eu me encontro mui triste
Por teu desprezo e sua indiferença
Levando minha mente em contenda
Ai senhora assim morro eu!
Humilde vassalo as margens da corte
Senhora por que partistes o meu amor?
Que por você crescia se firmara
E na imensidão do deserto brotara
Era a luz que em mim, iluminava
Ai minha grande Senhora
Assim morro eu sem seu olhar
Assim morro eu por teu desprezo
Por este amor impossível
Nobre, bonito e incompreensível
Cantiga de Maldizer
Há um pastor que não vive o pastorado
Como diz o sábio livro sagrado
Vive do pouco comendo o lucro
Vendendo fé, cura e meio mundo
Diz que em troca, Cristo dá o perdão
Ou mesmo através dele abençoa o irmão
Assim usando de má fé a motivação
Vende sonhos por milhão e o templo em banco
Crendo que no céu levanta juros
Corre em alta feito monturo
Mas acaba no cofre desse calunio
Assim com o bolso leva a perdição
Levando outros a Deus blasfemarem
E na pobreza acabar de se afundarem
Dr. Camilo Martins,Ph.I
Doutor "Honóris Causa" em Filosofia Univérsica Imortal- Filósofo Imortal-Ph.I
Presidente da Academia Nogueirense de Letras-ANL
Presidente Fundador da Academia de Letras do Brasil Região Metropolitana de Campinas-ALB-RMC.
Cavaleiro da Escrita
(Dr.Camilo Martins, Ph.I)
Grande cavaleiro da escrita
Que traz contigo as marcas da vida
E um simples olhar de cansado
Que no fundo ainda espera
Confia e acredita na humanidade
E a ela dedica cada linha
Trazendo nos versos e rimas
A esperança da alegria e da vida
Cavaleiro da escrita marginal
Escreve de maneira mágica e natural
Despertando vida e sentimentos
Teus versos são textos, contos e poemas nobres
Enche de riquezas corações pobres
Camilo é cavaleiro e guardião da poesia
Seus olhos
Enquanto eu contemplo o imenso mar
Olhando para o horizonte infindo
Eu vejo apenas seus olhos no infinito
A me olhar com ternura e carinho
Espero ir ao teu encontro amada
No mar da imensa saudade
Tenho afogado minhas mágoas
Mas ainda continuo a navegar
E às vezes no mar do desespero
Eu costumo minha esperança a naufragar
Mas logo ressurgi uma luz no horizonte
São seus olhos olhando para mim
Logo irei eu ter contigo
Amada minha, minha vida
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