domingo, 13 de outubro de 2019

Ao Inverno de Orfeu



Ao inverno de Orfeu consagro meu repouso
Pois, Éolo já começa a soprar gélidos assobios.
Enquanto sobre a terra cobre o negro descanso
Enchendo de sono os meus olhos

Deixe a noite sepultar o claro dia...
Enquanto eu durmo em sua companhia...
Nos teus braços, findo o dia contente.
Enquanto admiro o triste poente...

Os gélidos ventos uivosos cortam as campinas
Trazendo a tristeza e o gemido das sombras
E guardando na alma, o anseio de ver de novo o dia

De despertar do seu lado, doce alegria.
Vem amor! Lograr comigo!
E em teus braços eu encontrarei abrigo.

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