sábado, 18 de dezembro de 2010

CANTIGAS DE AMOR

       

 Cantiga de Amor


Vaiamos amiga a dormir
No calmo negror da noite
Em ribas de uma vélida campina
Quisera eu te amar!


Pero Nostro Sacro Senhor
Uniu-nos nesta Arcádia encantada
Com teu magno perene Poder
A todo meu poder te ter


E o encanto das fadas
Leixa-las guarir Orfeu!
Mortalhas de sono dês o anoitecer


Nos meus braços terrá perfeito preito
Atá caer romper do dia
Na minha cama em que sol jazer.


                    Vocabulário:
Vaiamos = Vamos.
Em riba = Em cima.
Vélida = Verde.
A todo meu poder = De todo meu coração.
Amiga = Namorada.
Fadas = Ser Mitológico encantado.
Arcádia = Monte da Grécia.
Terrá = Terá.
Preito = Pacto.
Atá caer = Até cair.
Em que sol jazer = em que dormia só.




















         Senhora
Senhora parte tão triste
O meu cansado coração
Que nunca no mundo vistes
Outro assim por você

Tão triste e tão choroso
Doente de tamanha partida
Distante mortalha da vida
Lonjura de circunstâncias


Dez mil vezes morrer
Longe de ti nesta vida
De tamanha tristeza

Cem mil vezes nascer
Por ter do lado sua amizade
Tendo por perto minha Senhora.



        




















 
 A minha Musa
A musa que eu guardo comigo
Inspira-me versos líricos
Poemas, canções de amores
Fazendo me viajar no infinito

Viajo e sonho nas rimas
Fazendo versos pra exaltá-la
Com as palavras eu viajo
O tempo todo em pensamento

Imaginando o teu corpo
Teu olhar, lábios vermelhos
Quentes brasas como fogo

Cabelos lisos, véus da paixão
Levando-me a imaginar
A imaginar a mais pura poesia



             O meu amado


O meu amado me aquece
Com seu olhar de quermesse
Disposto a pagar o preço
Do mais puro malicioso desejo


Suas mãos em mim passeiam
Seus beijos de amor saciam
Todo o meu corpo quente
De suas malicias envolvente


Seus membros levam-me ao delírio
Doce santo, suave martírio
De sentir prazer no amor

De se deliciar no prazer
Sobre ti sinto me estremecer
Passando nas maiores fantasias



             Cantiga de Amor
Como morreu quem te amava
Ninguém assim te amou
E deste mundo tudo receou
E em só você pensava


Ai minha Senhora, assim eu morro
Dona que nunca me correspondeu
Ai minha Senhora, assim vai eu
Que cada dia mais eu sofro


Vendo a luz do teu olhar
A minha vida a clarear
Mas logo volta às trevas

Espero que o Sacro Senhor lhe faça ver
Senhora como por ti, eu sofro
E por esse amor, eu também morro.





                   Cantiga de Amigo

Ai natureza como eu sinto!
Do meu amigo, meu instinto
Partiu-se em busca de aventura
Levando minha formosura


Onde achareis a resposta do meu amigo?
Oh natureza! Sinto-me sem abrigo
Ai arvores! Ai verdes e silenciosas matas!
Por que a vida é tão ingrata?


Meu amigo foi se para a guerra
E eu aqui estou deitada nas relvas
Pedindo a terra que me enterras!

Oh arvores dos belos bosques!
Serás que voltareis a ver o meu amigo?
Trazendo segurança a mim e abrigo?





             Cantiga de amigo

Ai árvore das verdes matas
Tu conheces histórias do meu amigo?
Onde o achareis neste infinito?


Ai vélida árvore coberta de imensos ramos
Onde achareis o meu amado?
Se é que irei o encontrar?


Tu conheces histórias ou lendas do meu amigo?
Aquele que a mim me conheces no íntimo?
Onde eu o encontrar?


Sabes nova dessa minha lavor procura
Aquele que jurou pela Santa Madre amor e cura?
Ai Deus! Se eu o encontrar?






                          Não há igual

No mundo imenso não existe
Quem a você se assemelha
Na sua divina beleza
Não há quem se parelha


Sua pele e seus suaves cabelos
Seu olhar esconde segredos
Meu coração por ti
A vida toda almeja


Desejo te ter porvir
Busco seu amor no presente
Com um coração inocente

Perdoe-me pelo amor indecente
Minha deusa, minha vida
Minha Afrodite querida

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