sábado, 18 de dezembro de 2010

ILHA DA FANTASIA

Polinésia Francesa -Ilhas de Bora a Bora

CARPE DIEM - ILHA DA FANTASIA

      Canto I


A nossa expedição a Polinésia

Surgiste por vós. Oh fadas do São Francisco!

Oh tão nobre manto de águas

Dar-me agora tão nobre coragem!



Tirando de mim, a vil vaidade

Fazendo-me do eu, a magna exaltação

Brotando dos meus lábios o doce encanto

De Minas a cantar a inspiração



Cantigas populares, suaves cantos

De dedicadas e humildes lavadeiras

Que se alegram de som o velho Chico



Faz-me sair pelo mundo

Atrás de belos mares

Em busca dos prazeres

     Canto II

Com rumo certo pelos fortes mares

No navio de Cousteau

Eterno Calypso dos Mares

Viajamos rumo à polinésia Francesa



Ilha dos prazeres, mulheres lindas

Em busca de aventuras

Nas ilhas de Bora a Bora

Vamos todos, rumo a sonhada Glória



Assim começa a expedição

Rumo a tão ilustríssima ilusão

Por mares antes navegados



Eu que no peito o louvor canto

De humilde sonhador brasiliano

Sendo levado pelos mares do encanto


Canto III

Nunca vi lugar tão belo e profundo

Parecia que em Noronha estávamos

Em outro lugar, em outro mundo

De enormes praias, Ilhas divinas!



Ali Jacques Cousteau saciou os olhos

Ao olhar para praia e ver musas lindas

Saudando-nos com saias de havaianas

E os pés descalços na areia nos dando esperança



Ali passamos a noite ao luar

Em volta de fogueiras, vendo Vênus

Nas brasileiras a encarnar



Fazendo a dança da conquista

Levando meu coração a se exaltar

Levando minha alma no prazer a saciar



        Canto IV

Ali a beira mar, onde Afrodite apareceu

Levando-nos a sonhar e a delirar

Enquanto musas dançam ao nosso arredor

Levando-nos a deliciar e com os olhos a cobiçar



As belas magias dos corpos nus

Envoltos dos tecidos de chita

E o doce vinho, sabor de Baco

A fazer-nos alegrar e sonhar



Saem correndo pelas praias

Levando a tripulação ao delírio

Nos laços das amazonas brasileira



Fazendo todos viajarem na ilha da fantasia.

Neste instante aparece netuno

Implorando amizade e grande estima

      Canto V

Oh grandes homens dos mares!

Que querem a ilha da fantasia

Atracar o coração com o grande Calypso

Realizar todos os sonhos de mortais



Pois ao simples mortal, só cabe sonhar

Desejar o divino saciar-se com o belo

Em busca do prazer e sentir-se imortal

Pois tão finita é a vida de um homem



Saem por meus mares,

Guiados por lindas sereias

O canto delas os levará a sorte



Com minha proteção jamais verão

A tão cruel e tenebrosa morte

Que destrói sonhos e sorte.


     Canto VI

Por isso hoje vos reservei este banquete

Aqui nesta ilha bela de Noronha

Eros preparou com o majestoso Baco

O divino vinho, néctar do Olímpio



Restaurai as forças nestas belas ninfas

Que amanhã com os mares

Irão todos avante ate o estreito de Magalhães

Onde sereias os adorarão



Mas invés de quererem tragá-los

Como quiseram o demente Ulisses

A vós os cantos serão inofensivos



Somente a vocês exaltarão louvores

E Atenas os guiará sem fazerem guerras

O profano se encurvará aos santos


 Canto VII

Depois de sumir a aparição

Caímos na grande devassidão

Embalados pelos Eros desejos

Da sua mãe eterna Afrodite



Logo o dia chorou seus raios

De luz clara, forte e imortal

Ao navio rumo a Ilha da Fantasia

Partimos com uma coragem fenomenal



Inspirados pelas servas de Afrodite

De Fernando de Noronha

Rejuvenescidos pelos amores



Amores de lindas jovens

Virgens servas sacerdotisas

Que ao prazer só dão louvores


    Canto VIII

Por longos dias, afirmava Cortez

Estávamos a navegar e sonhar

Aonde esta o clímax máximo

Da nossa divina empreitada?



Enquanto eu logo reclamava

Jacques Cousteau o dedo apontava

E Albert Falcon, capitão da nau

O corpo curvado no chão rezava



Era o Estreito de Magalhães

Onde em cima de uma rocha

Sereias nuas nos contemplavam



Cantando cantos de exaltação

Assim como dizia Netuno

Na praia dos Amores de Noronha

     Canto IX

“Vem oh servos dos prazeres

A nossa ilha contemplar

Vem fazer dos nossos lábios

Os deuses de prazeres se exaltarem!”



Um bando de Tágides sereias pudicas

Cobertas apenas com algas

Chamavam a todos para guerra

E com elas a se deliciarem



Seus cantos eram inofensivos

Mas seus corpos eram perigos

Para qualquer homem no prazer



Vir a esquecer da vida e se perder

Por isso só contemplávamos

A divina pudora e eterna visão


            Canto X

Presos eram com os olhos

O que era as mãos negado.

No caminho para a ilha

Essa magna esplendorosa tentação



Chegamos a Ilha da Fantasia

A sonhadas Ilhas de Bora a Bora

Lendária Polinésia Francesa

Ilha de amores e de suprema beleza



Belas jovens nativas das ilhas

Com suas fantasias festivas vieram nos receber

Com colares de conchas marinhas



Fez nossos olhos a luz acender

De repente ouve se um som de Trombeta

Era um jovem tirando o som de uma concha

     Canto XI

Jacques Cousteau mal podia conter a emoção

E Cortez a deliciar com os olhos o prazer da beleza

Pronunciam saudações a todas as anfitrioas

Mal podiam falar devido o encontro de culturas



Ali naquelas Divinas e celestes terras

Baco, Eros e Vênus já haviam escrito o caminho

De homens Brasileiros e Franceses alcançarem

A perfeição do mortal e divino humanismo



Aquele belo mar pintado por plânctons

Verdes, azuis águas claras e fortalezas

De corais raros e peixes de vis grandezas



O bom mensageiro Hermes dos Deuses

Já havia traçado de antecedência

O nosso divinal belo caminho


          Canto XII

Nestas magníficas ilhas

Ate os mortos, morrem de desejos

Fomos levados no alto de uma montanha

Revestida por uma bela mata



La os nativos são sepultados

Seus corpos depois de embalsamados

E seus espíritos imortalizados

Levados rumo à mata, sepultados na montanha



La a noite começa o ritual

Dez jovens virgens belas

Nuas envoltas dos mortos



Começam a dar louvores

Para que eles partam desta vida

Ainda sentindo o gosto dos amores



         Canto XIII

Gosto dos prazeres deste mundo

Levam na memória além túmulo

Em meio à luz da fogueira

Danças, nudez e tambores



E do alto soa uma trombeta

É o soar triste de uma ostra

Com um furo na ponta

Serve de instrumento de sopro



Enquanto no outro cemitério

Talvez de influência Européia

Pessoas velam os seus mortos



Em humilde cabana, simples capela

E no final enterram os mortos no quintal

Ali em volta há nativas lindas tatuadas



          Canto XIV

Mostram-nos estátuas cultivadas

Todas espalhadas vigiam as matas

Consagrando seus construtores

Espalham histórias nas matas



E saudades no eterno tempo

Fazendo-nos deliciar cada momento

Nesta hora nasce na ilha uma criança

Batizam - na de Calypso



Em homenagem ao grande navio

Do grande oceanógrafo Cousteau

Todos ficam maravilhados



Com tamanha e gentil hospitalidade

Ali sobre os montes de sambaquis

Põe-se Cortez a buscar o firmamento


          Canto XV

Do azul do céu e do mar

Mulheres a nadarem entre os corais

Algumas carregam nas tatuagens

Suas histórias, vida e religião



Mostrando nos seus mais íntimos desejos

Escritos com tintas em teus corpos

Enquanto lêem o livro dos mortos

Como se quisessem de nós homens



A alma fazer descansar

E após uma noite de prazer

Na montanha dos mortos



Fazer nos amanhecer

Preparando nossos caminhos

Que nem Hermes guiaria no hades igual


          Canto XVI

À noite Baco descia

E em todos os homens

No vinho e nos amores

Incorporavam caçadores



A procura de suas corças divinas

Como as filhas de Tétis

Consolavam na fria rocha Prometeu

Ali perto das rochas na noite



Espantávamos o pobre Orfeu

Clamávamos a Afrodite

E como Odisseu com a Ninfa Calypso



Não víamos o tempo passar

Não importava se o sol intrometido

Iria a pouco no céu a desperta

            Canto XVII

Queríamos apenas aquele banquete saboroso

Mulheres vestidas com diversos tipos de frutas

Cobertas de sabores e de flores

Algumas se deitavam nas mesas



Entornando no corpo mel e vinho

Atiçavam com um olhar prostituto

Que fez gelar ate o corajoso Capitão

Não tinha como resistir essa devassidão



Pecado era sim, não poder pegar

Se somente aos olhos se deliciar

Cobiçar, desejar e tocar



Mas se não poder se deliciar

De nada vale tamanha tentação

De longe, torna-se ilusão

           Canto XVIII

A melhor forma de poder

De tamanha tentação livrar

É só mesmo caindo nela

Assim amansando as feras



E a Zeus tentar enganar

E dormir com Hera

Quem ele não soube cuidar

Deixando-a mal amada



Aos homens na terra a castigarem

Por isso a melhor coisa a fazer

Segundo as ordens do Capitão



É fazer como fez Cortez.

Que este se encontra caído e amarrado

No amor da tortuosa prisão

             Canto XIX

Ilhas divinas dos prazeres

Dos mais sábios amores

Desperta nos homens calores

De paixão abrasadora



Oh terras gloriosas!

Bom estar aqui e sentir a vida

Nesta ilha da fantasia

Não quero mais despertar pro mundo



Quero mais neste fruto

Poder ter a máquina do mundo

E dominar e ser senhor



Rei dessa eterna Ítaca

Das filhas de Tétis

Reinar e ser reinado

Uma pequena homenagem a um dos maiores oceanógrafos que o mundo ja conheceu, o qual eu admirava muito: Jacques Yves Costeau - seu Navio Calypso.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu recado para o Poeta: