sábado, 18 de dezembro de 2010

DESEJOS DE AMOR



            Violão
Que vontade de tirar você da capa

E tê-la em meus braços e abraços

Poder ouvi-la falar bem baixinho

O som de sua voz com carinho



Meu violão! Quero sentir o teu corpo

Chamá-la de viola D’Amore

E passear as minhas mãos pelo teu corpo

Enquanto você se aninha em meus braços



Como dizia o Sábio Poeta Morais;

“O violão é a música em forma de mulher”

Para lembrar o homem do que realmente ele quer



Mulher violão, Violão mulher

Como pode duas coisas mexer com o homem tanto

E dele fazer o que bem quer?



           
                   Violão



Tirando você da capa, passeando pelo teu corpo

Alisando o teu corpo com mãos suaves

Tocando as cordas do teu peito

Você fala um som manso em meu ouvido



Meu violão, deitado em meus braços

Delicio-me em olhar e alisar suas curvas

Curvas que se encaixam em meu corpo

A maior canção é poder te ver



A maior música é poder tocá-la

Acariciá-la, alisar o teu corpo

E ouvir você falar em meu ouvido



Meu violão, minha vida

Teu corpo, minha paixão

Tuas curvas, minha sedução


           Escreva-me

Escreva-me nem que sejas

Uma pequena e curta linha apenas

Para eu saber como vive

O meu tão nobre amor



Ontem eu chorei em nosso lar

Em cima daquela cama

Cama que ainda exala e condena

O teu nobre perfume, minha colônia



Ontem eu chorei ao sentir a sua falta

Perto de mim, em nosso lar

Escreva-me que irás voltar



Espero você em minha vida

Como a vida espera o eterno sol

A cada manhã, a cada dia e a cada noite.



     Meu Amor


Meu amor eu te quero

Como as flores no inverno

Precisam do calor do sol

E eu da luz do teu corpo



Eu querendo acariciá-la

E no amor louco sufocá-la

No prazer doce da vida

Preciso e quero ter você



Viajar no mundo do teu corpo

Conhecer ilhas e destinos sombrios

Apalpando com meus lábios



Esse santo prazer pudico divino

Magia, deusa, carícia da malícia

Que de Eros ouvem-se louvores.

 
           Encanto


Eu perdido no meu canto

Desperto em você o meu encanto

De amor sincero e respondido

Amor triste e deprimido



Sozinho eu fico admirando a arte

De ver você de formas pudicas

Despertando o prazer nas formas míticas

Do teu esculpido corpo caliente



Não basta só olhar, admirar

Tenho que beijar, e no prazer saciar

Endeusar no amor e na malícia



Gozar de ter você, e como você quer

Dominar-te nesta noite minha Senhora

Fazer mulher eterna, eterna professora




            A Cigarra


Havia no mundo uma cigarra

Que levava a vida na toada

E das pobres formigas trabalhadoras

Inspirava canções de zombaria



Mas o tempo como Senhor da morte

Da paciência e calma razão

Trouxe o inverno, a triste sorte

E valor para alguns, outros humilhação



A formiga agora goza em paz em sua casa

Só desfruta do que colheu do trabalho

Compensou o esforço, descansa no inverno



A néscia cigarra tola e cantora

Sem se preocupar com a sorte

No cruel inverno veio a sua morte


           Jangada


No mar se vai minha triste jangada

Não vá para a pesca ou algum certo destino

Lá se vai o meu amor sonhando e chorando

Sozinha chorando no mar sem destino



Lá se vai chorando e de coração partido

Enchendo o mar de sal de lágrimas

E o mar também eu chorava em ondas

Por ver a triste e sombria partida



Minha cruel jangada no mar sem destino

Nas águas sem saber o porquê dos choros

Ela agora e um instrumento do cruel destino



Meu amor se foi na jangada

Do mar da saudade da vida

Amarga e triste fiel partida



           Coração a Mineira
               
Mineira de coração valente

Que me enches de um prazer quente

Fazendo me sentir louco em conhecer

De ter você e também lhe pertencer



Mineira meiga e maliciosa safada

Carinhosa felina, meiga como fada

Me deixas cego por suas diabruras

Espantando do meu coração as amarguras



Saciando na cama, do prazer à loucura

Mil encantos, lindos, imorais fantasias

Com carinho e suave, pura ternura



Vem minha mineira sem vergonha

Encherem-me de desejos, desejosos envolventes

Enquanto eu me aninho em suas partes quentes


          Minha Feliz amada


Oh minha feliz amada

Teus olhos são como faróis

Que brilham no infinito

Das profundezas do meu íntimo



Oh Eterno Criador Divino

Os fizestes para despertar

O doce desejo do amor

E clarear minha noite em dia



Nos teus olhos vejo a poesia

Pobre simples, louca rapsódia

Divinas letras de Homero



Fazer – me saciar o belo

Desejo de amor, desejo eterno

De ter você deitada ao meu lado


            Boa Noite


Boa noite Donzela, eu vou-me embora

Não me esperes amanhã cedo.

Não me apertes contra o peito

Que assim acende mais o meu desejo



De ficar, amar o teu corpo

Mas, já rompe o belo dia

É hora da negra noite

Recolher como cortina



Eu queria nesta translúcida cambraia

Descobrir dela o teu saboroso corpo

Mas infelizmente, já rompe o dia ardente



Já brilha a luz da aurora

Clareando o teu corpo nu

Bom dia nobre Donzela.



       A frouxidão do Amor


A frouxidão do amor é ofensa

Ao mais néscio amor demente

Deixando a paz descontente

Arruinando o amor, caindo a casa



Olha querida de mim não se zomba

Dos meus tristes e singelos versos, tomba

Só a ti peço que sejas e me ajude a ser forte

Fazendo nosso amor cair à sorte.



Formosa, teus beijos tem sabor de mel

Teu desprezo a mim, amarga como fel

Por obséquio, uma veloz decisão!



Por que complicas a diaba vida

Falando se dela como uma inimiga?

Deixando cair na vida à intriga



                         










                                                                                                                                                            Jesus Cristo

A vós, correndo vou a Ti, meu Cristo!

Na santa cruz, pedir auxilio

Implorar forças do infinito

Este teu humilde e triste filho



Que por mim, teu sacro e escarlate sangue

Gotejastes no cruel madeiro

Com os pregos do ferreiro

Derramastes, diante da cruel gangue



Aos teus humildes olhos abertos

Perdoa-me com eles despertos

Lavando-me com o perdão



Ao pecado, quero afastar-me

E na cruz contigo quero atar-me

Para junto de ti, ter a salvação



Amor de outono



Já repousas o quente verão

E eu me encontro na triste solidão

Da saudade de beijar teus lábios

Desejos loucos, meus anseios



Deslizar minhas mãos como folhas

Amparadas pelos ventos do outono

Preso a você como ferrolhos

Amando e esperando o gélido inverno



Ver desabrochar seu botão belo e florido

De doce flor, infinito prazer e carinho

Dos teus lábios doces, saboroso caminho



Suave aroma que destila

Do teu fervente desejo

Quando desperto-a com um beijo.

 
Cantiga de Amor


Vaiamos amiga a dormir

No calmo negror da noite

Em ribas de uma vélida campina

Quisera eu te amar!



Pero Nostro Sacro Senhor

Uniu-nos nesta Arcádia encantada

Com teu magno perene Poder

A todo meu poder te ter



E o encanto das fadas

Leixa-las guarir Orfeu!

Mortalhas de sono dês o anoitecer



Nos meus braços terrá perfeito preito

Atá caer romper do dia

Na minha cama em que sol jazer.

Vocabulário:

Vaiamos = Vamos.


Em riba = Em cima.


Vélida = Verde.


A todo meu poder = De todo meu coração.


Amiga = Namorada.


Fadas = Ser Mitológico encantado.


Arcádia = Monte da Grécia.


Terrá = Terá.


Preito = Pacto.


Atá caer = Até cair.


Em que sol jazer = em que dormia só.

 
       Senhora
Senhora parte tão triste

O meu cansado coração

Que nunca no mundo vistes

Outro assim por você



Tão triste e tão choroso

Doente de tamanha partida

Distante mortalha da vida

Lonjura de circunstâncias



Dez mil vezes morrer

Longe de ti nesta vida

De tamanha tristeza



Cem mil vezes nascer

Por ter do lado sua amizade

Tendo por perto minha Senhora.


       Embora para vintém


Vou-me embora para vintém

Onde conheci alguém

Sou amigo de quem nela manda

Sem precisar de um vintém



La eu terei fortuna sem fama

E a mais bela mulher em minha cama

Lugar onde riquezas não valem

Só se vale a amizade, amor e respeito



Vou-me embora para vintém

La eu vou morrer como alguém

Fazendo o que me convém



Tendo o amor de alguém

Vivendo como ninguém

Respeitando alguém



         Serei Fiel

A ti meu amor, sempre eu serei fiel

Mesmo em face do eterno tempo

Preso a ti serei como abelha ao mel

Vivendo a cada momento, doce tempo



Hei de espalhar meu canto

Feliz eterno contentamento

Mesmo em tristeza e espanto

Não desperdiçarei cada momento



Poder falar a você do meu amor

Que nascerá belo a cada manhã

E poder reverenciá-la, minha flor



Assim poder aquecê-la

E louvar tamanha beleza

Cada vez que eu a vê-la


         Amor quente


Amor de chamas quentes

Olhos verdes e envolventes

Levando-me a doce tortura

De cobiçar tamanha loucura



Poder estar contigo amada

Sentir você pra mim cantando

Uma prece linda de puro amor

Exalando cheiro suave como uma flor



Oh minha amada flor!

De pele macia, lisa delicada

Doce amor, puro sabor



Quero sim ter e possuir você

Sentir prazer na amarga vida

Delirar e sonhar com você


              Olhar a Cristo

A ti vou olhar meu Cristo

Eternos olhos do infinito

Que estão sempre a me olhar

Querendo das angústias me libertar



Seus olhos, chamas reluzentes

De esperança e paz envolvente

Através da vida e beleza

Estar a me olhar com a natureza



Oh olhar belo de Cristo!

Amigo fiel e sincero, Pai Divino

Enchendo-me de carinho



Seu olhar causa temor

Ao mais vil sofredor

Levando a esperança


           A minha Musa
A musa que eu guardo comigo

Inspira-me versos líricos

Poemas, canções de amores

Fazendo me viajar no infinito



Viajo e sonho nas rimas

Fazendo versos pra exaltá-la

Com as palavras eu viajo

O tempo todo em pensamento



Imaginando o teu corpo

Teu olhar, lábios vermelhos

Quentes brasas como fogo



Cabelos lisos, véus da paixão

Levando-me a imaginar

A imaginar a mais pura poesia



             Recordação


Manhã tão bela! Dizia Gabriela

Todos os dias ao abrir a janela

E ver Maria feliz brincando

Enquanto Ana seguia trabalhando



Jovens crianças sorrindo para a vida

Não viam a pobreza vinda

O tempo passou e tudo mudou

O tempo de criança alegre se findou



Ana seguiu-se com a sua vida

Maria com o tempo anda deprimida

Pensando na lembrança da infância



Saudade de ouvir Gabriela

Que todos os dias da janela

Dizia manhã tão bela




               Outeiro

Nossa casa bem La em cima do outeiro

Com a lira e a flauta, doces companheiros

Para contemplar os amores verdadeiros

De uma deusa com um simples roceiro



Saciando-me com você o prazer do amor

Enquanto você aprecia a beleza da flor

Começo a sonhar e amar com alegria

Que passa a ter pra mim, grande valia



Neste bucólico pastoril, lugar santo

Onde se exprime por você meu encanto

Junto à natureza por ti, a louvar



Desejar teu belo corpo envolvente

Enquanto eu, simples demente

Desejo ter você pra sempre

O meu amado


O meu amado me aquece

Com seu olhar de quermesse

Disposto a pagar o preço

Do mais puro malicioso desejo



Suas mãos em mim passeiam

Seus beijos de amor saciam

Todo o meu corpo quente

De suas malicias envolvente



Seus membros levam-me ao delírio

Doce santo, suave martírio

De sentir prazer no amor



De se deliciar no prazer

Sobre ti sinto me estremecer

Passando nas maiores fantasias





Socorro (Canção)

                      I

Alguém me dê um amor sincero

Que me tire deste tédio

Socorro, me diga, por favor!

O que fazer pra acreditar na vida?



Socorro! Alguém me tira dessa agonia!

Dessa solidão bandida e desiludida

Preciso que alguém me encha de conversa

Eu preciso chorar o que eu sinto



Eu preciso falar o que não estou sentindo

Socorro! No amanhã eu não acredito

Somente no “Carpe Diem” destino



Socorro! Alguém me mostre um sentido

Para meu coração bater em um ritmo

Pois esta batendo por bater


                   II

Socorro! Não há pra mim motivo

Pra eu querer viver e sonhar

Não há matéria abstrata ou concreta

Só há realidade expressa



Expressa vida no presente

Socorro! Não adianta apelar pra Deus

Creio eu que ele acredita em mim

Mais do que eu nele acredito



Socorro! Estou tão triste

Solidão, cansado e carente

De debater no mar da vida



Mar de incertezas, invejas e seres ausentes

Socorro! Não dá mais pra chorar

Preciso de você, e de me encontrar. (Fim)



 



              Iracema

Iracema dos lábios de mel

Qual dos lábios era doce

Qual dos doces era fel?

Bocas, doces, amargas ao léu



Qual delas saia os sabores?

Qual delas hesitavam seus amores?

Serás que eram os lábios superiores?

Ou talvez os inferiores saiam doces sabores?



O mel que a fazia ser humana?

Ou o mel que a tornava mulher?

O que dava prazer ou encanto?



Duma boca degustar-se

De outra gozar-se

Qual delas amou provar-se?


          Noite


Boa noite minha Donzela

A lua desponta no céu aflito

Triste olhar calmo no infinito

A entrar melancólico pela janela



E tu me dizes boa noite entre beijos

Tentando me acalmar, meus desejos

Desejos de nos teus braços descansar

De querer fazer a noite acordar



Mas, logo soará o canto da matina

E eu, ao teu lado não poderei despertar

Mas guardo nos lábios o sabor de sua pele divina



Boa noite minha Donzela!

Já vem noite, que não é velha

Acalmar nossos profanos desejos

            Eu te amo

Eu te amo querida  tanto

Com um belo amor, dor intensa

Que para ti, pode parecer doença

Mais cresce em minha vida teu encanto



Sua voz em meu coração é acalanto

Enchendo de paz minha alma

O teu olhar me trás a calma

Aquietando o meu pranto



Um amor de inocente preza

De fraternos desejos de amigo

Despedindo a louca solitária tristeza



Desejo muitas vidas a você

Querida irmã de minha alma

Obrigado por deixar eu te pertencer





           Cantiga de Amor

Como morreu quem te amava

Ninguém assim te amou

E deste mundo tudo receou

E em você somente pensava



Ai minha Senhora, assim eu morro

Dona que nunca me correspondeu

Ai minha Senhora, assim vai eu

Que cada dia mais eu sofro



Vendo a luz do teu olhar

A minha vida a clarear

Mas logo volta às trevas



Espero que o Sacro Senhor lhe faça ver

Senhora como por ti, eu sofro

E por esse amor, eu também morro.





          Cantiga de Amigo

Ai natureza como eu sinto!

Do meu amigo, meu instinto

Partiu-se em busca de aventura

Levando minha formosura



Onde achareis a resposta do meu amigo?

Oh natureza! Sinto-me sem abrigo

Ai arvores! Ai verdes e silenciosas matas!

Por que a vida é tão ingrata?



Meu amigo foi se para a guerra

E eu aqui estou deitada nas relvas

Pedindo a terra que me enterras



Oh arvores dos belos bosques!

Serás que voltareis a ver o meu amigo?

Trazendo segurança a mim e abrigo?




                  Bocage


Bocage nobre putanheiro

Que gozavas o dia inteiro

Na poesia, deu rima a putaria

Enchendo os versos de alegria



Nos teus amores de sonetos

Não haviam imorais defeitos

Havia mui nobres versos

Inspirado pelas deusas do Tejo



Igual a Camões, se imortalizou

E sua semente no mundo plantou

Imortalizando-se nos versos



A ti rendo minha reverência

Nos meus versos sinto a carência

De putíssimas ninfas a inspiração




               Olhar...


Hoje eu acordei de bem com o mundo

Ver a esperança de o dia raiar

Em seu belo e arcanjo olhar

Em minha vida tudo mudando



O seu olhar esperançoso e futurista

Mostrando que em mim, ainda acredita

Faz-me sentir forte desejo de humildade

De aprender com você e com a humanidade



Meu mundo mudou com o seu olhar

Mesmo se eu na vida e no amor falhar

Você vai me ajudar me amparar



A ti devo amor, servidão e devoção

Pois o seu olhar, desperta eterna dedicação

Por mim a olhar como humanidade sonhadora



                    Catedral


Nela onde eu me sinto pequeno

Admirando o esplendor divino

Eu me canso da gloria dos homens

E vejo que nada vale o que tens



É na catedral onde eu me sinto um deus

Buscando a imagem de um Supremo

Cheio de feridas, dores e enfermo

Implorando auxilio dos céus



Em meio ao silêncio sepulcral

Restauro minhas forças com o astral

Medito o quanto sou finito



Nela eu sonho em pensamento

Em uma viajem mental pelo firmamento

Fazendo me elevar ao puro clima divino.




                    Admiro...

A musa que eu admiro

Mora no intimo do infinito

Exala perfume suave de rosas

Tem a pele branca como a neve



Um olhar de inocente pureza

Que faz fugir qualquer tristeza

Parece um perfeito anjo

Quando a noite triste desperta



Você minha querida de pele clara

Bela luz resplandecente

Amanhece nua em meu leito



Logo sinto você em meus braços

E eu começo a dormir e acariciar

Com meus beijos o teu quente corpo


                 Você...


Hoje eu amanheci contente

Pois acordei na minha cama

Com você em meus braços

Macia pele de inocente fada



Graças eu dou ao divino Baco

Que derramou vinho em teus lábios

E a netuno deus do mar

Que pintou o azul em teu olhar



Este amor puro de mulher

Que envolve me tirando a força

Fazendo me cair na paixão




                      Camões
Camões nobre eterno valente

Em teus versos ensinou a nossa língua

Os seus parâmetros e exaltação

A língua deve a você, os passos da perfeição



Da literatura foi o mais honrado

Ilustríssimo filho, grande sonetista

Que não se achou neles defeitos

Nem nos versos e sentimentos



Injustiçado na vida foras

E também nos singelos amores

Sofrestes como simples homem



Mas na escrita veio sua exaltação

E em os lusíadas, grande epopéia

Fez chorarem as musas de odisséia

                        Dona

Corpo de divina e pura mulher

Faz de mim sonhos e o que bem quer

Olhos que me fazem tremer

Beijos que fazem o meu amor arder



Pelas ruas, pelos campos irreais

Despertando em meu ser, seus ideais

Nos teus braços me atira a cama

Acendendo no teu corpo minha chama



Essa hora tu és Dona

Eu sua caça, sua presa

E você minha amazona



E no meu corpo sacia a fome

Seus instintos de mulher

E faz de mim o que bem quer





               Erótico
Nunca vi no mundo uma bunda

Assim, tão perfeita como a sua

Macia, suave e cheia de formas

E anatômica em minhas mãos



Assentada em meu colo

Cavalgando no prazer

Sinto-me o teu corpo estremecer

Como se fosse de uma feroz febre



Mas é de prazer louco

Que você quer se saciar

Com seu corpo perfeito



Enquanto você balança

Os teus perfeitos seios

Macias peras saborosas




                      Verão

Já repousa o verão agreste

E agora nos cobre o céu celeste

Anoitecendo o coração quente

Trazendo descanso em nossa mente



Trazendo a esperança de chuva

E de um amanhecer florido

Para cicatrizar um coração ferido

Que agora chora lágrimas como chuvas



A esperança é um vício demente

Que nos faz esperar contente

Uma vitória verde e incerta



Logo amanhece, e às vezes vem

O verão seco e malvado

E meu coração ficando apertado


               Coxas


Coxas roliças e torneadas

Palmeiras belas afiadas

Prendem o homem no desejo

Como numa teia, um percevejo



Coxas lindas que me seguram

Levando-me a enormes diabruras

E nelas doces fervuras

Enquanto meus lábios nos seus se encontram



Como é bom sentir suas coxas!

Apertando-me, e também me acariciando

Eu eternamente com você deliciando



Suas coxas, sãs e sadias

Proporciona um prazer e alegria

Ao tocá-las com minhas mãos


               Mãos


Suas mãos são carinhosas

Tão macias e tão esperançosas

Acalma-me quando apalpa o meu corpo

Com um toque suave em meu rosto



Suas mãos são divinas

Representação real do teu amor

Expressam também o seu louvor

E sua curiosidade de menina



Mãos santas e amadas

Ao corpo quente e amoroso

Estão sempre ligadas



Mãos que me trazem carinho

Como se fosse um beijinho

Fazendo-me pra vida despertar



Cortez e Liel, ouvindo Sátiro a tocar a sua flauta pan(soneto abaixo)

                   Belas Horas

Quão belas as horas Liel

Que passo junto a ti, ao seu lado

Nem vi que o tempo já passado

É como se você dele, fosse filha



Deitados juntos nas campinas

Deixa Sátiro a tocar a flauta

Soam aos ouvidos como o som de liras

Assuntos que de nós se trata



Cortez clama como um pastor

De Liel a cândida formosura

Sua maior e bela ventura



Enquanto em nós, durar esse amor

Nunca findará o meu labor

Depois que acabar-se o dia


                    Medo
Já tive medo e tremi, por causa do escuro

Já tive pavor e chorei muito, pensando no futuro

Já andei por caminhos de incertezas

Também tive no mundo muitas tristezas



Já percorri caminhos distantes

A procura de respostas pra vida

Como um louco por comida

Hoje estou bem mais contente



Venci o medo da chuva forte

Não temo quanto à morte

Se o segredo é viver o hoje



Aprendi a me contentar com a sorte

Não tenho medo de todos os dias eu viver

Pois é um risco que tenho que correr

                Um amor fiel
Singela e formosa e meiga doce mel

A ti serei um eterno amor fiel

Enquanto eu ver o seu olhar claramente

Na vossa face o céu ardente



Alegre pessoa, mulher excelente

Corpo belo e beleza reluzente

Flor da mais pura formosura

Jovialidade, experiência madura



Ainda tens o brilho da mocidade

Causa invejas a muitas beldades

Tens uma alma que não é pequena



Sabedoria que humilha a deusa Atenas

Não se contentas com um simples apenas

Procuras sempre ser a melhor no que faz




                    Árcade
Torno a ver-vos, oh belos montes!

Campinas verdes, bucólica vida

Onde o tempo tem maior valia

Onde o gado pasta calmamente



Almendro e Corino também estão comigo

Simples vaqueiros árcades

Fiéis amigos que inspiram comigo

As lembranças de você, minha amada



Neste belo campo e lisonjeiro encanto

Esperando a primavera acalmar o pranto

E se converter em verde alegria



E com você repousa a louca fantasia

De uma simples solidão choupana

Virar castelo de encanto medieval


                 Cantiga de Amor

Senhora eu me encontro mui triste

Por teu desprezo e sua indiferença

Levando minha mente em contenda

Ai senhora assim morro eu!



Humilde vassalo as margens da corte

Senhora por que partistes o meu amor?

Que por você crescia se firmara

E na imensidão do deserto brotara



Era a luz que em mim, iluminava

Ai minha grande Senhora

Assim morro eu sem seu olhar



Assim morro eu por teu desprezo

Por este amor impossível

Nobre, bonito e incompreensível




                        Cantiga de Maldizer

Há um pastor que não vive o pastorado

Como diz o sábio livro sagrado

Vive do pouco comendo o lucro

Vendendo fé, cura e meio mundo



Diz que em troca, Cristo dá o perdão

Ou mesmo através dele abençoa o irmão

Assim usando de má fé a motivação

Vende sonhos por milhão e o templo em banco



Crendo que no céu levanta juros

Corre em alta feito monturo

Mas acaba no cofre desse calunio



Assim com o bolso leva a perdição

Levando outros a Deus blasfemarem

E na pobreza acabar de se afundarem


                  Dr. Camilo Martins,Ph.I
Doutor "Honóris Causa" em Filosofia Univérsica Imortal- Filósofo Imortal-Ph.I
Presidente da Academia Nogueirense de Letras-ANL
Presidente Fundador da Academia de Letras do Brasil Região Metropolitana de Campinas-ALB-RMC.


Cavaleiro da Escrita
(Dr.Camilo Martins, Ph.I)

Grande cavaleiro da escrita

Que traz contigo as marcas da vida

E um simples olhar de cansado

Que no fundo ainda espera



Confia e acredita na humanidade

E a ela dedica cada linha

Trazendo nos versos e rimas

A esperança da alegria e da vida



Cavaleiro da escrita marginal

Escreve de maneira mágica e natural

Despertando vida e sentimentos



Teus versos são textos, contos e poemas nobres

Enche de riquezas corações pobres

Camilo é cavaleiro e guardião da poesia




              Seus olhos
Enquanto eu contemplo o imenso mar

Olhando para o horizonte infindo

Eu vejo apenas seus olhos no infinito

A me olhar com ternura e carinho



Espero ir ao teu encontro amada

No mar da imensa saudade

Tenho afogado minhas mágoas

Mas ainda continuo a navegar



E às vezes no mar do desespero

Eu costumo minha esperança a naufragar

Mas logo ressurgi uma luz no horizonte



São seus olhos olhando para mim

Logo irei eu ter contigo

Amada minha, minha vida

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